domingo, 18 de outubro de 2009

O Tiozinho da seta

Por aqui pelos bairros de Sp como a desigualdade é grande e como o meu posto de simples observadora da realidade pode ser tanto muito confortável sair em um dia de domingo de carro com música, estava calor ar condicionado ligado e janelas fechadas.Mas também como pode ser inquietante saber que nunca dá para fazermos tudo o que queremos para melhorar situações que vemos no cotidiano ...

Na minha rua os prédios que tem não são nenhum pouco modestos e na rua de baixo tem mais em construção...vai ser um prédio de luxo, muito bonito da qual qualquer um quer pagar para morar lá ( inclusive eu ! ). Antes que eu passasse lá em frente, pouco antes de chegar nessa rua em todas as esquinas tinham pessoas, moças novinhas e bonitas porém castigadas por péssimas condições para cuidar de sua beleza já que essa era escondida pelo desejo de uma vida melhor que suprisse as primeiras necessidas e nem tanto estéticas.
Logo mais a frente em outra esquina era um tiozinho... o tiozinho, lembrava aqueles da praça da Sé cujo 'compram ouro'. O pior era que além de esse segurar a seta verde no pescoço e indicar o caminho do prédio ( de luxo ) em inauguração coisa que qualquer motorista ao ver poderia ler e deduzir.A cena não era bem assim.Enquanto esses funcinários estavam com a placa tinha um 'fiscal' do edífico olhando se ele estava balançando direito a placa !.Caso não, sempre gritava no meio dá rua xingando o tiozinho ... mas não era um grito somente por trabalho, era um grito de soberano.
Realmente, trabalho é trabalho, mas o que convém aos caras exigir que se balance a maldita seta o tempo inteiro ?! Se fosse uma placa ali na esquina ela não estaria balançando, estaria parada!.
Digo isso porque os próprios funcionários da seta se sentiam ridicularizados e envergonhados quando os carros passavam, abaixavam a cabeça balançavam suas placas como se fosse automaticamente condenados como inferiores, como seres de outro planeta.
Aqui não se existe um GRANDE vilão, sei que se fossemos julgar tudo o que vemos não arrumariamos nem sempre um exato culpado,e nem o procuro, aliás ao menos o tiozinho da seta ganhou seu dinheiro de hoje e 'graças' ele conseguiu esse empreguinho, mas de fato ver coisas assim nos faz pensar e comentar com quem está do nosso lado "que dó". E realmente só nos resta falar mesmo " que dó" ...

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